segunda-feira, outubro 31, 2005

Desafio-te!...


Pormenores
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Cris6.

Não quero mais sentir as arestas do silêncio... ferem-me a alma e cravam-se-me na pele...
Desafio-te ao duelo da palavra... sem gumes e sem reservas!
Desamarra-te dos medos e olha os meus lábios... mergulha nos gestos que lhes adivinhares e permite-te sentir-lhes o sumo das palavras...
Guardarei no céu da minha boca o som ensalivado do verbo que anseias afagar nos teus ouvidos... apagaste o tempo com o silêncio.
Talvez consigas aprender a ler a alma se souberes melodiar os lábios, mas terás que aceitar este duelo...

Permaneci no longe, aquietada na sombra da saudade, a observar-te... Sei de ti... sei da sede dos teus lábios e da loucura q percorre as pontas dos teus dedos... sei do soluço q te prende todos os gritos que moram em ti... mas tb sei dos teus medos!... E por isso te desafio agora...

Abre as tuas mãos e deita-te nelas... sente-lhes o sabor do vazio e da saudade... E abandona-te, amorfo de vontade, no remoínho que nasce delas... mas fá-lo apenas se é assim que queres viver a eternidade...

Eu... permaneço aqui... rasgarei o tempo se for preciso... mas saberei sempre sorrir pq nunca aceitei o silêncio por verdade... e nunca fugi ao som da palavra...

Desafio-te? Sim... assim mo pede a saudade!

Cris (Nas Arestas do Silêncio)

quinta-feira, outubro 13, 2005

Quem sabe... talvez...


teia
Originally uploaded by Cris6.
Vem daí conversar comigo porque a noite está escura...

Senta nessa pedra que talvez não exista mas q invento

E deixa-me aninhar aqui aos teus pés com ternura...

Sim, amor, pouso a cabeça no teu colo e choro

Enquanto as tuas mãos me acalmam e me secam os lamentos...



É nesse teu sorriso que eu me escondo e onde eu moro...

É nessas tuas mãos que abandono as vestes de guerreira.

Quero o teu corpo por abrigo e por esteira

Nele me rendo enquanto nestes dedos me abandono

E te digo como me sinto quando me deito na bebedeira

Do cheiro da tua pele para te sentir meu dono...



Estranhas talvez que me desarme e parta de mim como num sonho

Mas não suporto mais o peso da armadura e da máscara de ferro...

Batalho por um mundo de sorrisos e sou guerreira pela vida

Mas também sei como doi sentir-me perdida quando não sei sair dos escombros...



Nestas horas sinto o frio da nudez no consolidar da ausência

E sei que é ténue a linha da lucidez que me consente a permanência...

Sei q me estranhas tão nua... tão vazia de beijos e de gestos lentos

Mas não basta ser tua para esquecer que não existo... já nem sou gente!



Cobre-me da paz que se desprende dos teus braços...

Talvez o abraço me desperte... e me aqueça...

Talvez o meu corpo arqueie novamente

E o meu ventre no teu ventre nos enlouqueça...

Talvez os teus olhos ainda saibam sorrir e aos meus apeteça

Aprender a lutar de novo... e a vestir mais uma vez a limalha

Que me protege a alma do escuro e do medo da noite...



E, quem sabe, meu amor...talvez o amor aconteça!...


Cris (Do Silêncio e da Pele)

terça-feira, outubro 04, 2005

No momento...


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É quando fecho os olhos que melhor te vejo...
É quando toco a tua ausência que melhor te sinto...
É fora do espaço que te encontro...
É fora do tempo que te sei amar...

É lá onde os reflexos são memórias
Das histórias e dos versos que componho
Enquanto me elevo no leve fumegar da chicória
E dos doces antigos que ainda saboreio em sonhos
Que eu te encontro, e te despego da gaveta
Daquela cómoda que mantenho no canto mais recôndito
Da minha alma...
Para te beijar!

Tão Lua…
Tão Tua…
Tão Nua!



Cris (Sem distância )


Meus amigos,
Queria responder a todos os vossos comentários... um por um. Mas, de momento vejo-me impossibilitada de o fazer porque a minha vida profissional n mo tem permitido.
Não posso, no entanto, deixar de vos dizer q as vossas palavras me têm alimentado a vontade de não parar de escrever em caso algum, bem como de retomar o ritmo das minhas visitas aos vossos blogs, tão logo me seja possível. Tenho-vos visitado em silêncio e por isso n podia deixar de vos agradecer aqui, bem alto, todo o apoio q me têm dado.

A todos, sem excepção, um beijo do tamanho da lua e um imenso OBRIGADA!

Bem-hajam e até já!

Cris