Esta é a noite das cascatas consentidas... a noite em que cerro as pálpebras e te consumo o sorriso, guardado simplesmente nas memórias q não deixo que o tempo apague de mim!
Esta é a hora em que me aconchego no que de ti deixaste na minha alma, e me deixo adormecer no relembrar dos tempos em q a tua voz ainda soava nos sussurros brandos da vida e os teus braços ainda eram matéria e sentidos...
Não te pergunto a razão da partida, nem te censuro a desistência de ser... apenas me consome a angústia de não teres esperado que te desse um último beijo, ou te pegasse na mão nesse momento...
Dói-me a tua ausência... e não sei deixar-te partir de mim... Talvez por isso te deixe as minhas lágrimas nas pétalas das flores que te ofereço... São os únicos beijos que ainda te posso dar... os únicos que conseguem atravessar a terra que te serve de manto, e que chegam até ao que resta de ti!
Depois... olho-te naquele reflexo gelado do que eras e onde o teu sorriso permanece eternamente estático, olho o céu ... e sorrio-te! E sei que, onde quer q estejas, sentes o quanto eu sinto a tua falta!
Um beijo, pai!
Cris, in Conversas contigo... depois!