quinta-feira, outubro 16, 2008

incógnita...




os dedos crispados na inquietude do tempo

espera que serpenteia no desespero da terra


veios desordenados de sopros e lamentos

pensamentos obtusos do inferno que os cerca


submersa a vontade fera

de quem espera

e tem por certeza

o incerto da verdade

e as paredes do pensamento


insonoro o pulsar mecânico do mundo

nas veias de um pensar que gera o pânico


inodoro o sentir do germinar do sonho

nas correntes do gargalhar profundo

de quem descobre o simples e velho dito

de que nada nesta vida é infinito


apenas um caminhar para parte incerta...


Cris (Ecos...)

5 comentários:

f@ disse...

O infinito do sonho transfere ao tempo o tempo todo... qualquer que seja o caminho a percorrer...

Bj das nuvens

batista disse...

caminhar é bom, mas tão bom que quando impossibilitados de caminhar
deixamos que nossos pensamentos nos guiem por caminhos conhecidos... ou incertos!

deixo um abraço fraterno.

Menina Marota disse...

Voar pelo pensamento ao interior da nossa alma.

Bj e bom fim de semana ;)

Nilson Barcelli disse...

Escreves tão bem que é uma pena não o fazeres com maior frequência.
Este poema é excelente cara amiga. O caminho faz-se de mutas incógnitas. Convém escolher, por isso, as variáveis que nos parecem melhores...
Beijinhos.

Cris disse...

um beijo imenso a todos...
e o meu sorriso :)