terça-feira, outubro 11, 2011
Quando os silêncios me beijam
sei a cor do silêncio das palavras quando bailam no pêndulo dos dias
sei o segredo do navegar dos medos nos trilhos das ausências
sei o sabor dos braços esquecidos no abraçar dos tormentos
e a voz do vento quando traz novos silêncios... velhos amigos
e por isso abandono nas minhas mãos as palavras
rasgo-as em pedaços e chamo-lhes estranhas
ateio-as... desejo-as chamas
e arremeço-as para o longe onde mora o esquecimento
de nada vale... ou se calhar sou eu q n quero
germinam a cada passo... nascem de mim... crescem cá dentro
e mansamente deitam-se no meu peito em jeito de pétalas brancas
ou talvez somente lágrimas soltas ao vento
mas cheias de vontade de quebrar os silêncios
encolho os ombros... rejeito-as...
mas não resisto...
e rasgo da noite o espaço da penumbra que me agarra
dispo todas as sombras que me afagam
desgarro dos lábios os amargos e os temores
e desarmo-me dos vazios q me abraçam
e elas crescem então soltas.. livres
ganham vida... dão flores...
desamarram-me os silêncios que eu vestira de noite
e falam-me de ti... e contam-me do teu amor
são palavras apenas! mas são minhas...
Cris ( Dos meus lábios nasce a noite)
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8 comentários:
Aqui fiquei no silêncio lendo e fazendo das tuas palavras flores que dançam de dia e de noite o ritmo da vida, continua que eu gosto das tuas palavras que batem fundo, beijo.
Relendo, digo: uma das coisas essenciais que temos é a coragem. Aqui mostras a mim e aos outros a tua. Lindo. Beijinho.
Excelente poema.
Já não vinha aqui há algum tempo, mas este magnífico poema vai obrigar-me a vir mais vezes.
Parabéns por tanto talento que tens.
Querida amiga Cris, desejo-te um bom fim de semana.
Beijos.
O 'Mundo' gosta de te ler, de ler as tuas lágrimas e o teu fogo. Pessoalmente deixo-me embalar no teu sentir só teu, perdoa-me por isso. Gostava - como o 'Mundo' - que escrevesses mais e mais e que pegar no 'lápis' seja tão importante para ti como o resto teu. Perdoa também a minha imperfeição, mando-te um sorriso com carinho
Obrigada! Mesmo!
Beijo
Quando os silêncios me beijam... fico em silêncio e solitária!
Repare na hora em que li o seu poema, são 05h21 da manhã.
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