foto: Cristina Fidalgo
às vezes penso que existo nos intervalos do tempo
lá no lugar em que o lamento persiste
sou talvez já só o grito que sufoco
no pouco de mim que por vezes encontro
ou até o fio de vento
que me gela o peito
quando quero tanto fugir daqui
é então que olho para estas mãos
tão cheias do longe e da distância
e sinto as tuas ainda nelas
e o teu sabor a permanência
é assim que sei lembrar o caminhar dos teus lábios
no que de mim se transforma em lava
vermelho intenso dos meus sonhos e do meu ser
e é assim que eu sei, meu amor
encontrar o teu sorrir
no mais pequeno dos entardeceres...
Cris ( Dos meus lábios nasce a noite)
3 comentários:
Nos intervalos do tempo, sentimentos que fazem parte do teu tempo que muito gosto e na verdade sem parar no mesmo tempo
Para ti com carinho, um beijo de Dezembro com o calor de verão no coração
Belíssimo poema. Gostei imenso.
Querida amiga Cris, desejo que tenhas um Feliz Natal e um Novo Ano cheio de coisas boas, para ti e para a tua família.
Muitas prendas, principalmente afectivas.
Beijo.
Como sabes, tenho "retirado" do teu excelente bornal alguns extraordinários poemas para ilustrar o meu sítio humilde...
O gosto de ler-te não acabou por deixares de publicar aqui neste espaço.
Continuo a adorar o teu jeito de fazer poesia.
É isso!!!
Um ano feliz para ti!
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