fecho os olhos e apago-me do mundoenquanto num segundo apenas me desgarro de mim e me desnudopara renascer aninhada em tiarremessas as palavras para longe dos lábiosporque sabes q apenas te oiço o olharnessas horas em que a vida nos desamarra do mundoe em que a nossa pele nos grita a magia dos beijose é então que de mim jorra o desejo de ser nascentefonte de uma corrente límpida e frescaque refresque em ti a sede que tb é minhaaté que, já cansado, sejas apenas como o poenteque adormece sereno num regaço azul, feito meninoCris (dos meus lábios nasce a noite)
Hoje abandonei a minha alma...
Mandei-a para fora de mim...
Introduzi uma mão no peito,
Arranquei-a mesmo sem jeito,
E arremessei-a ao acaso
Para que n me magoe assim...
Dela... o lugar ficou vazio,
Meu corpo cheio de frio...
E eu n sei respirar...
Hesito... Quero...
E não quero...
Não sei se a hei-de ir buscar...
Mas se paro para pensar...
As dúvidas são nenhumas:
Se de novo a trago... ela dói,
Se a largo... dói-lhe o lugar...
E como vou eu sonhar?...
Anda cá, minha doce alma...
Seca a lágrima que cai...
Não te mando mais embora...
Dou-te o meu peito
E um calmo embalar...
A dor?... Essa eu suporto...
Porque o que eu n aguento
É a dor do pensamento
De te ter ousado arrancar
De mim...
Foi pecado... eu sei!
Cris...(Sem distância!)