quinta-feira, agosto 06, 2009

guardo em mim as tuas mãos

Imagem de Rafael Coutinho


esqueceste as tuas mãos no meu corpo
quando julgaste ter ido embora de mim…

e eu inventei nelas um sussurro
que vesti de mel e seda
para cobrir a minha mágoa

depois…

reinventei-me líquida
e suada deitei-me no desenho dos teus lábios

bebeste-me beijo
e no teu desejo me soubeste em ti

afastei-te-me então de nós
e voz permaneci na sombra do avesso do tempo
sem que me soubesses os contornos

e...

quiseste-me então retorno
no abrigo do teu corpo

voltaste quando me pediste
que me despisse do que fugi

E nunca mais levaste de volta as tuas mãos…


Cris (Do silêncio e da pele...)

10 comentários:

Amanda Almeida. disse...

Nossa, amei seu post!
Quanta profundidade nas palavras.
Sublimes!!
Beijos!!

Paula disse...

Que saudades que eu tinha de ler uma poesia tua, minha querida amiga.
"Guardo em mim as tuas mãos" é uma bela poesia repleta de grande sensibilidade, como só tu sabes escrever.
Parabéns querida!
Ah o desenho é excelente. Os meus sinceros parabéns ao autor do mesmo, quem sabe não será indicado para ilustrar a tua primeira publicação.:-)Pensa nisso Cris.
Um grande beijinho muito carinhoso,
Ana Paula

Anónimo disse...

Que bom tê-la de volta!! Como sempre, causou-me um arrepio, delicioso! Adorei...
Como diz a A.M.A. Sublime! Beijinho, enão nos volte a deixar tanto tempo sem as suas palavras maravilhosas.

Catarina disse...

desculpe, não assinei o post... Catarina

Anónimo disse...

Deixo um beijo repousar no rosto do poema ou na palma da mão.


Belo... o jogo de palavras.

dum vento qualquer

Raquel disse...

ei que bonito teu poema, volto mais vees para te ler!

batista disse...

Feliz Natal, Amiga!

batista disse...

tantos quardados
ao longo
da alma
do corpo
do tempo...

tudo de bom pra ti, Amiga: sempre, sempre!

Ernesto disse...

Querida prof Cris

A Lua me encanta mas mais ainda as poetisas que a cantam

Parabens e um beijo doce

Anónimo disse...

O Amor e o Mar

O mar afunda a bruma
Com a sua espuma
As ondas deslizam num turbilhão
Inundando a solidão

O Amor, sente-se
Pressente-se
Nunca está ausente
Mesmo que não esteja presente

Sentir partir
Sem dizer o que pensar
Só me fez chorar
O que não vou mais sentir

O sol sobre o mar
Reflecte a sua beleza
E só me faz desejar
Ter-te em tal grandeza

A tristeza não se apaga,
Esmaga
Substituído é o Amor,
Pela dor!

A lua cheia beija o céu negro com paixão
E enche-o de estrelas sem dizer,
Que é com prazer
Que encanta os namorados apaixonados….

Pedro A.