Pois não sabes tu que, no descuido do prolongar da cútis, se deixam os olhares adormecer no profundo dos sentidos e na permanência das bocas ensalivadas, como se em romarias de sonhos ascendessem aos céus?
E não sabes como sabem a canteiros de madressilva os abraços líquidificados na profusão de aromas divinos e celestiais?
E acaso olvidas a ternura espásmica dos ventres escorregadios das manhãs esquecidas na neblina emanada dos corpos cansados da mágica fusão e da permanência dos sucos celestes?
A urgência dos abraços imana da terra e perde-se na procura de beijos que jorram da alma completando assim os espaços rasgados em ferida e aquietando a espera... E a imperfeição dos tempos perde-se na completa ausência de espaços enquanto germinam os sentidos mais pungentes num magnífico regresso do mais profundo das nossas almas.
Tu sabes que podem os teus passos levar-te ao mais permanente dos longes e ao último dos oceanos, mas será sempre a alvura das tuas asas o último manto que vestirei... E o cruzar dos trilhos prolongar-se-á pela eternidade até que o voar dos anjos se surpreenda na troca de um olhar profundo e se fundam num só...
Caminharei sempre até ti!...
Cris (Sussurros fora do tempo)
10 comentários:
...e onde é que posso adquiri-las (as asas)?!
que eu gostar, gostava depois de planar um pedaço pelos ares, descer à terra e vestir-te com a alvura das ditas cujas (asas). Apenas espero que tal opreção seja feita no maior recato, que uma troca de indumentária em público e com este frio, não é muito aconselhavel.
Beijos aéreos e intés!! do teu piloto-aviador,
AirBertus da India
Mas tu n sabes que as asas estão aí, bem debaixo da tua pele? Que basta deixá-las abrirem-se e voar?
Então tu, piloto-aviador, n sabes?
Pois estão, estão bem aí, pq se n estivessem e tu n soubesses voar n tinhas paciência para ler estas coisas todas, n era?
beijinho ( e n te distraias enqt voas q andam por aí umas passaritas à caça da multa... elas têm umas peninhas azuis escuras e um apito na boca...)
Olha...abri a caixa dos comentários e agora não sei o que dizer. Fico sempre assim, embatucada, quando leio um texto que descreve, tão sublimemente, emoções e pensamentos que me invadem, também. Obrigada, Cris! um grande beijinho :)
Serão aquelas asas brancas do nosso imaginário? As mesmas asas com que desejamos voar para aquela praia onde ainda, embora de forma indelével, aqueles pés descalços, se encontram marcados na areia molhada.
P.S. Odeio aviadores!!!
PRONTOS!!! arranjei aqui um "inimigo"...
Cris: diz ao teu amigo que hoje "já sou" bombeiro voluntário...
De fato de amianto trajado,
beijo-te emocionado.
Intés!!
E agora? Que faço?
E acredita que não sorri
Mitsou,
Antes de responder ali àqueles senhores, deixo aqui um beijinho para ti... um beijinho tão doce como as tuas palavras.
Alexandre,
São essas asas mesmo... as q se transformam em abraços sem tamanho e sem fim... são essas!
E agora, diz lá tu ao bertus, que entretanto resolveu esconder as asas num fato de ameanto, q n odeias nada aviadores. Logo tu, que voas na perfeição?
Bertus,
Então tu, de repente metes o Air no Bag, viras Soldado da Paz e falas em inimigos?
Mas q baralhação! Aproveitaste foi o carnaval e arranjaste um fatito de ameanto para esconder as asas... mas olha que qd se sabe voar, n há fato q as aguente presas...
Alexandre,
E nada de mentir... q eu sei q tu sorriste, sim sr!
Agora vejam lá se, aproveitando esta época de corsos, n se lembram de inventar um qqer duelo alado... ehehhehe
Beijinho aos dois
Bom; parece-me que o Alexandre não é muito dado ao diálogo bem disposto (e está no seu pleno direito!)e como a iniciativa partiu de mim, neste blog -o que lamento, pois devia ter confinado o diálogo ao meu... ficamos por aqui. Ponto final e parágrafo neste arremedo de conversa.
Enviar um comentário